terça-feira, 3 de novembro de 2009

A Revolução Constitucionalista de 1932 (Revolução de 1930)

  • São Paulo: perda da hegemonia

Com a revolução de 1930, São Paulo foi o grande perdedor. A “política dos governadores” e a política de valorização do café, que tinham garantido sua hegemonia até então, foram postas de lado com o triunfo da revolução de 1930 e a crise de 1929.
Por outro lado, agravou-se a contradição entre a velha oligarquia e a interventoria do tenente João Alberto. O Partido Democrático e o Partido Republicano Paulista se uniram, sob a palavra de ordem “interventor civil e paulista”, para exigir a imediata reconstitucionalização do país. A pressão da oligarquia paulista foi afinal sentida pelo governo central. Em 1 ° de março de 1932, Pedro de Toledo foi nomeado interventor de São Paulo, atendendo-se à primeira exigência.

  • O Código Eleitoral

Apesar da oposição tenentista aglutinada em torno do Clube Três de Outubro, no dia 24 de fevereiro de 1932 Getúlio mandou publicar o novo Código Eleitoral e o anteprojeto da Constituição, marcando para maio de 1933 as eleições para a Assembléia Constituinte. Pelo novo Código Eleitoral foram estabelecidos o voto secreto e, pela primeira vez, o voto feminino, além da representação classista, isto é, os sindicatos profissionais, tanto patronais como de empregados, elegeriam deputados que teriam as mesmas prerrogativas dos demais parlamentares.

  • A revolução

Apesar das reformas, em 9 de julho de 1932, eclodiu em São Paulo a revolução constitucionalista, que durou três meses. Os paulistas, chefiados pelo general Isidoro Dias Lopes, permaneceram isolados, sem adesão das demais unidades da federação, excetuando um pequeno contingente militar vindo de Mato Grosso, sob o comando do general Bertoldo Klinger.
Para reprimir a rebelião paulista, Vargas enfrentou sérias dificuldades no setor militar, pois inúmeros generais simplesmente recusaram a missão. Percebendo o débil apoio que tinha no seio da cúpula do Exército, e a fim de consegui-lo, Vargas rompeu em definitivo com os tenentes, que não eram bem vistos pelos oficiais legalistas.
Em 3 de outubro de 1932, em meio à crise militar e apesar dela, Getúlio conseguiu esmagar a revolta paulista.

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