sábado, 17 de outubro de 2009

ALGUNS FATOS QUE MARCARAM - Curiosidade na Internet

A SAFRA PROJETADA PARA 13,7 MILHÕES DE SACAS CHEGA A MAIS DE 21 MILHÕES E A EXPORTAÇÃO DIMINUIA CADA VEZ MAIS!
A CRISE NOS EUA COMEÇOU A 19/10/29 COM A DIFICULDADE DE SE LEVANTAR MEROS US$ 100.000 EM FUNDOS DO GOVERNO AMERICANO. A CRISE ARRASTOU MILHÕES DE PESSOAS NA CHAMADA MATANÇA DOS INOCENTES NA QUINTA FEIRA NEGRA, (24/10/29), ONDE PESSOAS INGENUAS PERDERAM TUDO O QUE POSSUIAM JÁ QUE, EM POUCAS HORAS, 12.894.650 AÇÕES TROCARAM DE DONO PROVOCANDO UMA DAS QUEDAS MAIS DRÁSTICAS DA HISTÓRIA E A MISÉRIA DE MILHARES DE FAMÍLIAS NOS EUA.
EM OUTUBRO DE 1929 O GOVERNO FEDERAL BRASILEIRO PRETENDIA EMPRESTAR US$ 50 MILHÕES PARA PERMITIR QUE O INSTITUTO do CAFÉ AJUDASSE OS FAZENDEIROS, SÓ QUE O GOVERNO AMERICANO RECUSOU O EMPRÉSTIMO, POIS NÃO HAVIA MAIS DINHEIRO NOS EUA PARA EMPRÉSTIMO EXTERNO E O INCENDIO DE WALL STREET ALASTROU-SE PARA O MUNDO.
UM EMPRÉSTIMO DE EMERGENCIA DE US$ 10 MILHÕES DA SCHROEDER AND COMPANY FOI FEITO PARA ALAVANCAR O BANCO DE ESTADO DE SÃO PAULO TENDO COMO MOTIVO A NECESSIDADE DE FINACIAMENTO PARA O INSTITUTO DO CAFÉ DE SÃO PAULO TENTAR EVITAR A QUEBRADEIRA GERAL.
A QUEDA DAS EXPORTAÇÕES DIMINUE AS IMPORTAÇÕES E OS NEGÓCIOS ENCOLHEM E PROVOCAM O FECHAMENTO DE EMPRESAS. O COMÉRCIO E A INDUSTRIA MURCHAM COM A RECESSÃO, NÃO HAVIA DINHEIRO NA PRAÇA E AS FABRICAS QUEBRAM GERANDO UM ENORME DESEMPREGO.
O ACHATAMENTO DOS NEGÓCIOS PROVOCA A RUÍNA, A DESONRA E A DESGRAÇA DAS FAMÍLIAS ABASTADAS E MUITOS SE SUICIDAM AO SE VEREM NA MISÉRIA, ALGUNS EM DESESPERO CHEGAM A RECORRER AO JOGO PARA TENTAR SALVAR O PATRIMONIO DO NAUFRÁGIO FINAL.
A DERROCADA FINANCEIRA QUE DEVASTA OS EUA, EUROPA E AMÉRICA LATINA PIORA TODO DIA PREPARANDO A 2ª GUERRA MUNDIAL.
NO BRASIL:APARECEM NOTÍCIAS DE FALENCIAS, CONCORDATAS E TRAGÉDIAS FAMILIARES:
►No Rio a tradicionalíssima Oswaldo Tardim & Cia quebra com um passivo de 3.359.534$900, uma enorme quantia para a época!
►Em São Paulo a população está estarrecida com a tragédia do palacete da Rua Piauí no bairro de Higienópolis onde o empresário Abelardo Laudel de Moura, 28 anos, afogado em dívidas se arma com uma navalha e tenta matar a mulher, que consegue escapar, ele degola o filho de 2 anos e a filha e, em seguida, se suicida!
►No interior o café é queimado, pois não há esperança de venda, nem há como arcar com o alto custo da estocagem e os grandes fazendeiros naufragam em dívidas vendendo as jóias de família para sobreviver.
ESTA CRISE ECONOMICA REPERCURTE NA DISPUTA PRESIDENCIAL JÁ EM LITÍGIO COM A DISPOSIÇÃO DE WASHINGTON LUIS DE ROMPER O PACTO de OURO FINO de 1912 QUE FIXARA A ALTERNANCIA DE SÃO PAULO E MINAS NO PODER, COM A FAMOSA POLÍTICA CAFÉ COM LEITE AO INSISTIR NO NOME DE SEU AFILHADO POLÍTICO JÚLIO PRESTES DE SÃO PAULO EM DETRIMENTO DO MINEIRO ANTONIO CARLOS.
A FRAQUEZA ECONOMICA DE SÃO PAULO É O FATO GERADOR PARA ALICERÇAR A AMBIÇÃO POLÍTICA DE GETÚLIO VARGAS QUE MANTEM DISFARÇADAMENTE A APARENCIA DE ALIADO CONFIAVEL DE WASHINGTON LUIS DE QUEM, ALIÁS, FORA MINISTRO DA FAZENDA DESDE O INÍCIO DO GOVERNO EM NOVEMBRO DE 1926 ATÉ O FINAL DE 1927 QUANDO VARGAS SAI PARA ASSUMIR O GOVERNO DO RIO GRANDE DO SUL.
SURGE A OPÇÃO VARGAS EM CONTRAPOSIÇÃO A WASHINGTON LUÍS E À POLÍTICA CAFÉ COM LEITE QUE EVOLUE E CULMINA COM A DEPOSIÇÃO DE WASHINGTON LUIS A 24/10/1930 E SE INSTALA UMA NOVA SOCIEDADE.
1930: A INSTALAÇÃO DO GOVERNO VARGAS ACABA COM A HEGEMONIA DE SÃO PAULO E MINAS NA POLÍTICA BRASILEIRA E MUDA RADICALMENTE A SOCIEDADE CONSTITUIDA PELAS GRANDES FAMÍLIAS AGRÁRIAS DE SÃO PAULO COMO FONTE DE PODER POLÍTICO.
RESENHA HISTÓRICA: VAMOS VOLTAR AO SEC. XVII COM O PODER NAS MÃOS DOS ENGENHOS DE AÇUCAR DO NORDESTE, AO SEC. XVIII COM O PODER NAS MÃOS DOS MINERADORES DE OURO DE MINAS GERAIS AO SEC. XIX COM O PODER AGRÁRIO DO CAFÉ FAZENDO OS BARÕES DE CAFÉ FLUMINENSES QUE TIVERAM SEU PODER ANULADO PELA EXAUSTÃO DAS TERRAS E PELA QUEDA DA ESCRAVIDÃO, ATÉ CHEGAR AO SEC. XX COM O PODERIO DO CAFÉ PAULISTA E SUA LUXUOSA BELLE ÉPOQUE..
RESUMO: NO MEU ENTENDER A PARTIR DE VARGAS O CONTEXTO SOCIAL BRASILEIRO SE FECHA PARA OS GRANDES FAZENDEIROS E SE ABRE PARA OS INDUSTRIAIS E COMERCIANTES QUE SE INSTALAM COMO OS MANDATÁRIOS DA NOVA SOCIEDADE QUE SE FORMA NO PAÍS E NO MUNDO EM TRANSFORMAÇÃO ACELERADA ATÉ ECLODIR A 2ª GUERRA MUNDIAL. PORÉM HÁ QUE SE OBSERVAR QUE TODAS ESTAS TRANSFORMAÇÕES SECULARES MANTEM SEMPRE O ASPECTO DA PERMANÊNCIA HISTÓRICA DAS ELITES NO COMANDO DAS TRANSFORMAÇÕES EM PROVEITO PRÓPRIO.
Fonte pesquisada para estruturar este trabalho:
1930, Os Órfãos da Revolução, Domingos Meirelles, Editora Record, 2006.

Opinião de outros tantos - Crise de 29 X Crise atual

Bom comparar a crise atual com a crise de 1929 não é procedente sob o ponto de vista histórico.Hoje, temos mecanismos de certa segurança que não tínhamos naquela época, o FMI é um exemplo, e é preparado para atuar nesse tipo de emergência e já está atuando.Além disso hoje, existe uma grande diferença sobre a atuação do estado.Em 1929, o estado, por conta do liberalismo preferia deixar o mercado resolver seus problemas; hoje já são aplicados grandes recursos do governo dos EUA para que bancos COMERCIAIS sejam estatizados.Temos também o fato de que países como Alemanha, Japão, Arábia e China continuam em ritmo de crescimento e tem reservas financeiras boas, podendo assim emprestar para países menos desenvolvidos.Na Islândia por exemplo, a crise foi sentida com grande pessoa, e a Rússia manifestou o interesse de emprestar alguns bilhões.Temos também a boa situação financeira de países emergentes como o Brasil, a Rússia e a India que também pode contribuir para a atividade econômica mundial não sofrer uma contração tão grande que passe do patamar de uma recessão para o da depressão, muito mais grave.Enfim, por enquanto, há vários pontos que impedem traçar um paralelismo entre a crise atual e a Grande Depressão da década de 1930. Só não se pode deixar de lembrar que a economia se inclui entre as ciências humanas e não entre as ciências exatas. No âmbito da economia, encontram-se componentes relacionados à mentalidade e ao comportamento das pessoas. Também se trabalha com base em expectativas do que pode acontecer em cenários futuros.

Fala Professor - Crise de 1929

Com o término da Primeira Guerra Mundial os Estados Unidos passaram a ser o grande nome do capitalismo mundial. De maior devedor, o país passou a posição de maior credor mundial, pois concederam grandes empréstimos a outros países, vencedores e perdedores. Além disso, investiram na reconstrução da Europa e, ao mesmo tempo exportavam bastante para esse continente.
Porém, a partir de 1925, apesar de toda euforia, a economia norte-americana começou a ter sérios problemas. Enquanto a produção industrial e agrícola desenvolveu-se num ritmo acelerado, o aumento salarial foi muito lento. Além do mais, em conseqüência da progressiva mecanização da indústria e da agricultura o desemprego foi crescendo consideravelmente.
Após recuperarem-se dos prejuízos da guerra, os países europeus passaram a comprar cada vez menos dos Estados Unidos e a concorrer com o mesmo nos mercados internacionais. Pela falta de consumidores externos e internos, começaram a sobrar enormes quantidades de produtos no mercado norte-americano, caracterizando, assim, uma crise de superprodução, ou seja, muita mercadoria e poucos consumidores.
Na tentativa de controlar essa crise, os agricultores passaram a armazenar cereais. Para isso, tiveram que pedir empréstimos aos bancos, oferecendo suas terras como garantia, muitos perderam seus bens. Já as indústrias se viram forçadas a desacelerar o ritmo da produção e, conseqüentemente, a despedir milhares de
trabalhadores, o que afetou ainda mais o mercado consumidor. A Queda da Bolsa de New York Apesar da crise vivida naquele momento, os pequenos, médios e grandes investidores mantiveram suas especulações com ações. Isto é, comercializavam esses papéis por valores que não condiziam com a real situação das empresas. No entanto, chegou o momento em que a crise atingiu a Bolsa de Valores de New York, um dos importantes centros do capitalismo mundial. Os preços das ações começaram a cair, os acionistas entraram na corrida para tentar vendê-las, mas não havia pessoas interessadas. No dia 29 de outubro de 1929, havia cerca de 13 milhões de ações à venda, mas faltavam compradores. O que resultou na queda dos preços das ações, provocando a quebra (crash) da Bolsa de New York. New Deal Em 1932, com a promessa de solucionar os efeitos alarmantes da crise de 1929, Franklin Roosevelt foi eleito presidente dos Estados Unidos. Assim que assumiu o governo, pôs em prática um conjunto de medidas para tentar solucionar a crise, as quais ficaram conhecidas como New Deal. Com a adoção desse plano, o governo se desligava das idéias liberais, e passava a praticar o intervencionismo econômico. As principais medidas do New Deal foram: • Concessão de empréstimos a empresários urbanos e rurais, que haviam falido com a crise; • O governo passava a controlar a produção e os preços de grande parte dos produtos industriais e agrícolas; • Construção de grandes obras públicas; • Elevação dos salários, diminuição da jornada de trabalho e legalização de sindicatos. • Criação do salário-desemprego e da assistência aos inválidos e velhos.

Por Eliene Percília
Equipe Brasil Escola

Pesquisa do Aluno - A Crise de superprodução em 1929

Após a Primeira Guerra Mundial, os Estados Unidos se consolidaram como a maior potência econômica do mundo, responsável por 50% da produção industrial mundial. Abastecia seu mercado interno, o mercado europeu e o mercado latino americano. Nessa época desenvolveu-se o American Nay of life (estilo de vida americano, caracterizado pelo alto consumo).
A partir de 1925 a Europa iniciou seu retorno à industrialização em vários setores químicos, mecânicos e elétrico. Tal recuperação promoveu excesso de produção o que levou a uma crise de superprodução dentro da economia americana. Os preços dos produtos baixaram e as indústrias demitiram milhões de trabalhadores. No mês de outubro de 1929 ocorreu uma queda vertiginosa de milhões de ações na Bolsa de Nova York(o crack). Tal fato levou milhares de empresas e bancos à falência. “Os professores primários das escolas públicas de receber salários, os arquitetos viram seus negócios despencarem, milhões de comerciantes faliram e os agricultores sofreram com extraordinária intensidade”. Depressão significou fome, desnutrição, doença, desmoronamento de planos e esperanças uma descida as condições melancólicas e sombrias de ter de lutar para sobreviver.
Durante o governo do presidente Roosevelt, os Estados Unidos promoveram um conjunto de medidas socioeconômicas destinadas à superprodução da crise. Tais medidas receberam o nome de New Deal, inspirado nas idéias do economista inglês Jonh Keynes.
Destacam-se entre as medidas do New Deal:
Trabalho aos desempregados em grandes obras publicas;
Empréstimos aos agricultores seguro desemprego;
Controle de preços de produtos industriais e agrícolas
Recuperação industrial.

Sem dúvida, o New Deal foi um plano de ação bem sucedida, pois foi o suficiente para recuperar a economia americana.

Crise de 1929 e Grande Depressão - Pesquisa dos Alunos

· Falência Múltipla


Em 1929, os Estados Unidos (EUA) mergulharam numa crise econômica que se espalharia por quase todo o mundo na década seguinte, o que levou a Grande Depressão. O choque obrigou os paises a aumentar a intervenção estatal na economia.

· Antecedentes

Após a Primeira Guerra Mundial, os Estados Unidos assumiram a hegemonia econômica do planeta. O aumento da produção industrial e a melhora do poder aquisitivo da população provocaram uma explosão de consumo. Os investidores, atraídos pela expansão das empresas, tomavam empréstimos bancários para comprar ações (títulos que representam o capital das empresas) e revendê-las com lucro. Esse processo especulativo fez com que, de 1925 a 1929, o valor total das ações negociadas subisse de 27 bilhões para 87 bilhões de dólares.
Porem, o consumo não acompanhou o crescimento da produtividade. Além disso, as nações européias já estavam se recuperando da guerra, e agora suas exportações competiam com as norte-americanas. O resultado foi à formação de enormes excedentes nos EUA. O preço dos produtos começou a baixar, cresceu o desemprego e grandes empresas faliram. Ai ficou evidente que as ações estavam sendo negociadas a valores muito acima dos reais. Os acionistas alarmados com a situação das empresas procuram vender todos os títulos na bolsa.

· Crash

Com muita gente querendo vender ações e poucas pessoas querendo comprá-las, elas se desvalorizaram. A situação chegou ao extremo em 24 de outubro de 1929, a “quinta-feira negra”, quando a imensa oferta de títulos na bolsa de Nova York fez seus preços despencarem vertiginosamente. O episódio ficou conhecido como crash, crack ou quebra da Bolsa de Nova York.
Vários investidores ficaram pobres da noite para o dia. Nos anos seguintes milhares de bancos e empresas faliram. A redução dos salários chegou a 60% em 1932. A baixa do preço de matérias primas e a diminuição das exportações e dos créditos norte-americanos a outros paises espalharam a crise por varias nações. No Reino Unido e na Alemanha, por exemplo, o desemprego chegou a 25% em 1932.

· New Deal

Diagnosticou-se que a causa da crise era o liberalismo econômico: a quebra da bolsa ocorrera porque faltavam freios econômicos influenciado pelas idéias do economista inglês John Keynes, segundo os quais o Estado deve intervir pontualmente na economia o presidente norte-americano Franklin Roosevelt deu inicio em 1933, a um programa de reformas: o New Deal (Novo Acordo).
Roosevelt criou mecanismos de controle de crédito e um banco para financiar as exportações. Fixou salários mínimos, limite a jornada de trabalho e ampliou a previdência social. Construiu várias obras públicas contratando operários em frentes de trabalho, o que ajudou a dinamizar a economia. Em 1937, o número de desempregados havia sido reduzido quase à metade, à renda nacional crescera 70% e produção industrial, 64%. Porém, a crise no país só foi totalmente sanada na Segunda Guerra Mundial quando aumentaria a intervenção estatal se intensificariam as exportações.
Na Europa, surgiram as políticas de bem estar social, nas quais o Estado se compromete a oferecer garantias trabalhistas e viços com educação e saúde a população. Mas a crise também estimularia o surgimento de regimes extremistas, como o nazismo e o fascismo.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Pesquisa dos Alunos - Revolução Russa

1. INTRODUÇÃO

A Revolução Russa foi um série de acontecimentos ocorridos na Rússia imperial, que culminaram com a proclamação em 1917 de um Estado soviético, denominado União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).
A expressão Revolução Russa é relativa às duas revoluções vitoriosas de 1917: a primeira, denominada Revolução de Fevereiro (março, pelo calendário juliano, então usado na Rússia), levou à queda da autocrática monarquia imperial. A segunda, denominada Revolução Bolchevique ou Revolução de Outubro, foi organizada pelo partido bolchevique contra o governo provisório instalado na primeira fase.

2. ANTECEDENTES

As reformas empreendidas, pelo czar Alexandre II, criaram uma corrente a favor de uma mudança constitucional. Em 1898, foi fundado o Partido Operário Social Democrata Russo (POSDR), que em seu segundo Congresso (1903) já contava com duas facções divergentes: os mencheviques e bolcheviques.


3. A REVOLUÇÃO DE MARÇO

Em março de 1917, foi realizada em Petrogrado (atual São Petersburgo) uma manifestação comemorativa do Dia Internacional da Mulher, que acabaria transformada em protesto contra a escassez de alimentos. As tropas amotinadas uniram-se à manifestação. A incapacidade do governo em restabelecer a ordem, levou o poder às mãos de um Governo Provisório, formado pelos membros mais destacados da Duma estatal. A falta de apoio ao czar Nicolau II obrigou-o à abdicação.

4. O GOVERNO PROVISÓRIO E O SOVIETE DE PETROGRADO

O Governo Provisório iniciou de imediato diversas reformas liberalizantes, inclusive a abolição da corporação policial e sua substituição por uma milícia popular. Mas os líderes bolcheviques, entre os quais estava Lenin, formaram os Sovietes (Conselhos) em Petrogrado e outras cidades, estabelecendo o que a historiografia, posteriormente, registraria como ‘duplo poder’: o Governo Provisório e os Sovietes.
Ao expor as chamadas Teses de abril, Lenin declarou que os bolcheviques não apoiariam o Governo Provisório, e pediu a união dos soldados numa frente que viesse pôr fim à guerra imperialista (I Guerra Mundial) e iniciasse a revolução proletária, em escala internacional, idéia que seria fortalecida com a propaganda de Leon Trotski. Enquanto isso, Alexandr Kerenski buscava fortalecer a moral das tropas.
No Congresso de Sovietes de toda a Rússia, realizado em 16 de junho, foi criado um órgão central para a organização dos Sovietes: o Comitê Executivo Central dos Sovietes que organizou, em Petrogrado, uma enorme manifestação, como demonstração de força.


5. O AUMENTO DO PODER DOS BOLCHEVIQUES

Avisado que seria acusado pelo Governo de ser um agente a serviço da Alemanha, Lenin fugiu para a Finlândia. Em Petrogrado, os bolcheviques enfrentavam uma imprensa hostil e a opinião pública, que os acusava de traição ao exército e de organização de um golpe de Estado. A 20 de julho, o general Lavr Kornilov tentou implantar uma ditadura militar, através de um fracassado golpe de Estado.
Da Finlândia, Lenin começou a preparar uma rebelião armada. Havia chegado o momento em que o Soviete enfrentaria o poder. Foi Trotski, então presidente do Soviete de Petrogrado, quem encontrou a solução: depois de formar um Comitê Militar Revolucionário, convenceu Lenin de que a rebelião deveria coincidir com o II Congresso dos Sovietes, convocado para 7 de novembro, ocasião em que seria declarado que o poder estava sob o domínio dos Sovietes.
Na noite de 6 de novembro a Guarda Vermelha ocupou as principais praças da capital, invadiu o Palácio de Inverno, prendendo os ministros do Governo Provisório, mas Kerenski conseguiu escapar. No dia seguinte, Teotski anunciou, conforme o previsto, a transferência do poder aos Sovietes.


6. O NOVO GOVERNO

O poder supremo, na nova estrutura governamental, ficou reservado ao Congresso dos Sovietes de toda a Rússia. O cumprimento das decisões aprovadas no Congresso ficou a cargo do Soviete dos Comissários do Povo, primeiro Governo Operário e Camponês, que teria caráter temporário, até a convocação de uma Assembléia Constituinte. Lenin foi eleito presidente do Soviete, onde Trotski era comissário do povo e ministro das Relações Exteriores e, Stalin, das Nacionalidades.
A 15 de novembro, o Soviete ou Conselho dos Comissários do Povo estabeleceu o direito de autodeterminação dos povos da Rússia. Os bancos foram nacionalizados e o controle da produção entregue aos trabalhadores. A Assembléia Constituinte foi dissolvida pelo novo governo por representar a fase burguesa da revolução, já que fora convocada pelo Governo Provisório. Em seu lugar foi reunido o III Congresso de Sovietes de toda a Rússia. O Congresso aprovou a Declaração dos Direitos do Povo Trabalhador e Explorado como introdução à Constituição, pela qual era criada a República Soviética Federativa Socialista da Rússia (RSFSR).


7. A GUERRA CIVIL

O novo governo pôs fim à participação da Rússia na I Guerra Mundial, através do acordo de Paz de Brest-Litovsk assinado em 3 de março de 1918. O acordo provocou novas rebeliões internas que terminariam em 1920, quando o Exército Vermelho derrotou o desorganizado e impopular Exército Branco antibolchevique.
Lenin e o Partido Comunista Russo (nome dado, em 1918, à formação política integrada pelos bolcheviques do antigo POSDR) assumiram o controle do país. A 30 de dezembro de 1922, foi oficialmente constituída a União de Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). A ela se uniriam os territórios étnicos do antigo Império russo.

Curiosidade

Como funcionavam os Sovietes

Testemunha ocular da Revolução Russa, o jornalista socialista norte-americano John Reed, autor do clássico Os dez dias que abalaram o mundo, descreve como funcionavam os sovietes: “O Soviete dos Deputados Operários e Soldados de Petrogrado, que estava em plena atividade quando me encontrava na Rússia, pode fornecer um exemplo do funcionamento da organização fundamental urbana do Estado socialista. Era formado por cerca de 1.200 delegados e, em circunstâncias normais, tinha uma sessão plenária de duas em duas semanas. Ao mesmo tempo, ele nomeava um ‘Comitê Executivo Central’ de 110 membros eleitos com base numa representação proporcional dos partidos; esse Comitê Executivo Central convidava, para participar de seus trabalhos, membros do Comitê Central dos sindicatos profissionais, comissões de fábrica e outras organizações democráticas. A par do grande soviete da cidade, existiam ainda sovietes de bairro, constituídos por delegados de cada bairro no soviete da cidade e responsáveis pela administração dos respectivos setores urbanos”.

“Sou Trotsky”
Faltando cinco dias para a insurreição de outubro, John Reed testemunhou uma cena no mínimo curiosa quando estava diante da sede do Soviete de Petrogrado. “Um dia, quando chegava à porta exterior, vi Trotsky e sua mulher detidos por um soldado. Trotsky remexeu em todos os bolsos, mas não encontrou seu cartão de ingresso.
- Não tem importância, afinal, dirigindo-se ao soldado, você me conhece. Sou Trotsky.
- Sem o cartão você não entra, respondeu-lhe o soldado. - Seu nome não me interessa.
- Mas, sou o presidente do Soviete de Petrogrado.
- Se você é pessoa tão importante – replicou o soldado – deve trazer consigo algum papel qualquer provando sua qualidade.”

Um certo Ulianov
No ano de 1915, Lênin estudava a fio obras filosóficas de Hegel na biblioteca do Museu Britânico. Anos depois da revolução de 1917, perguntaram a um velho funcionário do museu se ele se lembrava de Lênin. Nem sabia quem era. Perguntaram então se conhecia algum Ulianov. Ele responde: “Naturalmente que me lembro do sr. Ulianov; um cavalheiro muito agradável, baixo com barba em ponta. Um senhor de fala muito educada. Lembro-me muito bem dele. O senhor sabe o que foi feito dele?”

Fala Professor - Revolução Russa

A Revolução Russa estabeleceu a experiência socialista de fato?

A Rússia promoveu uma experiência revolucionária que marcou a trajetória do século XX. Já no século XIX, Karl Marx indicava que as desigualdades do sistema capitalista abririam portas para que as massas trabalhadoras viessem a tomar o poder. No entanto, a convocação dos trabalhadores em torno dos ideais de Marx parecia ser uma possibilidade remota em face ao desenvolvimento dos Estados liberais enriquecidos pelo favor dado às classes burguesas.

No entanto, a ocorrência da Primeira Guerra Mundial veio a trazer uma possibilidade revolucionária que estremeceu essa ordem cingida pela burguesia capitalista. No começo do século XX, a Rússia vivia um momento histórico onde as desigualdades sociais instaladas fizeram com que camponeses e operários se mobilizassem politicamente. Nos campos, os trabalhadores rurais viviam em condições lastimáveis legitimadas por um governo que preservava os privilégios feudais da classe aristocrática.

Nas cidades, a burguesia tinha um papel político limitado e não tinha apoio devido para a configuração de uma economia industrializada. O parque industrial desenvolvido na Rússia, em grande parte, era fruto da entrada de capitais de investimento estrangeiros interessados em ampliar mercados e reduzir custos de produção. A classe operária, proveniente do tímido processo de industrialização, não tinha força política suficiente para exigir direitos.

Os gastos com a Primeira Guerra agravaram a situação econômica do país, potencializando o clima de insatisfação e mudança. Os sovietes, grupos de organização dos trabalhadores, se transformaram em grandes centros de discussão política. A partir da organização dessas pequenas unidades, a revolução foi possível e instituiu um novo poder na Rússia. Depois de consolidada, as teorias socialistas tiveram que se defrontar com os desafios mais imediatos de uma situação histórica nunca antes vivenciada.

Segundo alguns pensadores, o que se viabilizou no interior da Rússia foi um Estado cada vez mais distanciado dos princípios pautados por Marx e Engels. O Estado ganhou cada vez mais força, impedindo o florescimento de uma sociedade comunista. Mesmo não podendo constatar uma resposta conclusiva para tal perspectiva, não podemos deixar de vislumbrar como esse fato histórico inspirou outros movimentos de caráter socialista e comunista ao redor do planeta.

Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Primeira Guerra. Pesquisa dos alunos

1º Guerra Mundial
No início do século XX, havia um clima de enorme tensão e rivalidade entre as grandes potências européias, como, por exemplo, Alemanha e França, muitos fatores contribuíram para essa situação destacando-se a busca de novos mercados para a venda de seus produtos. Os países industrializados entravam em choque na disputa por colônias na África e na Ásia, cada um dos grandes países industrializados dificultava a expansão econômica do país concorrente, em diversas regiões da Europa surgiram movimentos nacionalistas que pretendiam agrupar sob um mesmo Estado os povos de raízes culturais semelhantes.
O nacionalismo exaltado provocava um desejo de expansão territorial. Durante a paz armada, o clima de tensão levou as grandes potências a firmarem tratados de aliança, cujo objetivo era somar forças para enfrentar a potência rival. A Alemanha foi o primeiro país a construir uma política de alianças. O país a ser procurado por eles foi a Áustria, e assim unem-se. Logo após a Alemanha vai em busca de mais outro país, que será a Itália pela questão das colônias, pois ambas não havia colônias, assim as três formam a Tríplice Aliança. Inglaterra e França esquecem as inimizades e se juntam com a Rússia, sendo que esta irá apoiá-las por questões geográficas, daí se forma a Tríplice Entente.
Nesse momento de grandes disputas entre potências européias, é importante ressaltar crises que agravaram esta guerra, como:
· Crise do Marrocos que entre 1905 e 1911, quase leva a França e Alemanha à guerra, devido à disputa da região do Marrocos, localizado no norte da África. Em 1906, foi convocada uma conferência internacional, na cidade espanhola de Algeciras, com o intuito de resolver as disputas de franceses e alemães. Esta Conferência então decidi que a França teria supremacia sobre o Marrocos, já a Alemanha caberia uma pequena faixa de terras no sudoeste africano. E assim a Alemanha ñ se conforma com a decisão e, em 1911, surgem novos conflitos com a França pela disputa da África. Para evitar a guerra, a França concedeu uma considerável parte do Congo Francês à Alemanha.
· Crise balcânica teve como um dos principais focos de atrito entre as potências européias a península Balcânica, onde se chocavam o nacionalismo da Sérvia (apoiada pela Rússia) e o expansionismo da Áustria (aliada da Alemanha). Em 1908 a Áustria anexou a região da Bósnia-Herzegovina, ferindo os interesses da Sérvia, que pretendia criar a Grande Sérvia, incorporando aquelas regiões habitadas por eslavos. Os movimentos nacionalistas da Sérvia passaram a reagir violentamente contra a anexação austríaca da Bósnia-Herzegovina.
A guerra então começa quando se dá o assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe da Áustria, o responsável pela sua morte foi Gravilo Princip, que pertencia a uma organização secreta nacionalista que era apoiada pelo governo sérvio, havendo uma ligação com a Rússia. Diante disso provocou uma reação militar da Áustria contra a Sérvia, que daí a Áustria declara guerra a sua oponente.
Na 1ª fase da guerra entre 1914-1915 os exércitos se movimentam com a Áustria atacando a Sérvia e a Alemanha invadindo a França. Rússia e Inglaterra apóiam seus aliados.
Na 2ª fase entre 1915-1917 houve a guerra de trincheiras devido à paridade das forças, os exércitos se movimentam com grande dificuldade, evitando a penetração de inimigos. Os Estados Unidos são a unia grande potência industrial a estar fora do conflito e, por isso, tornam-se os únicos grandes fornecedores de produtos industrializados, O grande despreparo tecnológico da Rússia termina tornando-o a grande vítima da guerra. Mais de 3.300.000 russos morreram no conflito. A recusa do tzar Nicolau II em abandonar o conflito e a inação da burguesia russa terminam promovendo a Revolução Comunista em outubro de 1917. A Rússia sai da guerra.
Na 3ª fase entre outubro de 1917 e março de 1918 com a saída da Rússia, os EUA percebem que, uma guerra muito prolongada poderia vir a destruir os mercados europeus. Os EUA não respeitam o bloqueio naval que a Alemanha impôs contra a Inglaterra, e assim entram na Guerra.
O final da guerra é decidido com o apoio financeiro e material pelos Estado Unidos ao entrarem na guerra, pois se torna decisivo a vitória da Entente e de seus aliados forçando os países da Aliança assinarem a rendição. Os derrotados tiveram ainda que assinar o
Tratado de Versalhes que impunha a estes países fortes restrições e punições. A Alemanha teve seu exército reduzido a uma milícia, sua indústria bélica controlada, perdeu a região do corredor polonês, teve que devolver à França a região da Alsácia Lorena, além de ter que pagar os prejuízos da guerra dos países vencedores, perdia sua colônia e toda a marinha de guerra e aeronáutica, teria que dar carvão à França durante dez anos, venderia a preço de custo mercadorias industrializadas para a Inglaterra e França também por dez anos. O Tratado de Versalhes teve repercussões na Alemanha, influenciando o início da Segunda Guerra Mundial.

Escrito por:
Lorena
Rafael
Amanda
Joemiller